quinta-feira, 31 de julho de 2014

DICAS E INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO IMOBILIÁRIO - IMÓVEIS NOVOS E LANÇAMENTOS:

Quando os preços de determinado produto sobem muito e por muito tempo é natural que surjam questionamentos: até quando? Já estamos no limite? Os preços vão cair? Quando? É bolha ou o quê?

Ocorre também o inverso: os preços vão caindo, despencando, e muitos já começam a se animar: será que está na hora de investir para ganhar na recuperação dos preços?

A história mostra que a economia dos países funciona em ciclos: expansão e retração; e isso vai se repetindo.

Por mais que se inventem teorias para prever o futuro, nenhuma se mostra confiável a ponto de calcular quando se dará a reversão de tendência, de alta ou de baixa.

O Mercado Imobiliário brasileiro não escapa dessas preocupações: investidores profissionais e compradores finais questionam se é melhor comprar agora ou aguardar para quando os preços baixarem. Mas, quanto tempo vamos aguardar? Ninguém tem a resposta.

Palpites e adivinhações são livres, porém, lidemos apenas com fatos:
a. Durante os últimos anos, especialmente até 2012, a alta de preços de imóveis no Brasil, mais nas grandes metrópoles, foi notável;

b. Alguns fatores são apontados como preponderantes nessa elevação dos preços: maior oferta de crédito destinado à habitação; redução das taxas de juros; crescimento da economia brasileira como um todo - com destaque para o agronegócio; melhoria da renda média das famílias; pleno emprego. E, principalmente, demanda fortemente reprimida durante décadas por insuficiência de recursos para o financiamento do setor;

c. É fato também que em 2013 já houve uma redução no montante do valor total dos lançamentos, cerca de vinte por cento em relação ao ano anterior. (Atenção: do montante, não dos preços!); portanto, as construtoras e incorporadoras estão adequando a quantidade de seus lançamentos e isso é bom, pois tende a um melhor equilíbrio entre oferta e procura;

d. Durante o recente período de alta, investidores tradicionais de outros mercados (Bolsa de Valores, por exemplo) correram para comprar imóveis com objetivo de lucro no curto prazo; o procedimento típico foi comprar na fase de lançamento e vender assim que o imóvel estivesse pronto e entregue; este também foi um fator que contribuiu para a elevação dos preços;

e. Já os compradores finais adquirem um imóvel por razões variadas, concretas ou psicológicas: mudança de emprego, alteração na estrutura familiar, perda ou aumento de rendimentos, necessidade de status, etc.

. Vejamos agora a questão dos preços e vamos separar a análise em dois tópicos:

1. Imóveis prontos, usados, de particulares:
Cada proprietário toma sua própria decisão de vender e estabelece o preço de oferta. Há uma enorme variação do grau de necessidade, de urgência, entre os vendedores proprietários. No fundo, quem comanda a definição do preço final da transação é a competição entre os diversos vendedores atuando numa mesma região. Em relação ao preço de oferta, será possível encontrar oportunidades para uma negociação favorável, como sempre houve;

2. Imóveis em lançamento, "na planta" ou em construção:
Neste caso, o preço é definido pelo custo do empreendimento acrescido do lucro da incorporadora.

a. O lucro, na verdade, tem nele embutida a margem de risco do negócio, ou seja, um valor que supostamente possa cobrir prejuízos até certo ponto previsíveis; como é forte a concorrência no setor, a margem de lucro, em geral, é comportada;

b. O custo do empreendimento engloba: custo de aquisição do terreno, projetos, cálculos, impostos e taxas, materiais de construção, fretes, equipamentos, energia, água, administração da obra, mestres e operários (salários e encargos sociais); como se vê, pela descrição desses itens, há pouca ou nenhuma margem para redução de seus custos.

. Analisando a composição do preço dos imóveis em lançamento, vemos que, na hipótese de ocorrer uma redução da demanda, a incorporadora vai adiar novos lançamentos programados - para recuperar o equilíbrio financeiro, já que não tem muito o que fazer com relação aos custos e margem das obras já em andamento.

. Os compradores finais continuam tendo motivos para adquirir seu imóvel e estes são mais fortes do que a consideração do melhor momento para a compra: noivado e casamento marcado; gravidez e nascimento de bebês; promoção e mudança profissional, etc.

Concluindo:

Quem espera ver cair os preços de imóveis em lançamento, poderá vê-los no futuro ainda mais altos e pior, talvez com menos opções. Até lá!
Fonte: http://www.ronaldocorretor.com.br/investimento_na_planta.html

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