sábado, 18 de outubro de 2014

Quatro fatores para construir uma carteira de investimentos imbatível



TEMPO DE LEITURA: 5 MINUTOS

Alocação de ativos em uma boa carteira de investimentos

Não é complicado investir. Seguindo umas poucas diretrizes, é possível a qualquer pessoa construir uma carteira de investimentos imbatível, capaz de trazer rentabilidade adequada sem correr riscos absurdos. No post de hoje, apresento alguns princípios que uma carteira de investimentos deve seguir para ter sucesso no longo prazo.

#1 – Esqueça o curto prazo na hora de avaliar a rentabilidade da carteira

Muitas pessoas têm carteiras que geram prejuízo porque se preocupam excessivamente com a rentabilidade de sua carteira de investimentos . Um mês de prejuízos é suficiente para “se descabelarem” e refazer todo o portfólio, vendendo ações que deram prejuízo e comprando outras que apresentaram performance melhor no mercado.

Mas essa é a receita certa para o fracasso. A carteira tem que ser montada visando o longo prazo - leia-se: mais que cinco anos, idealmente até mais que vinte! Uma boa carteira, portanto, é montada para o longo prazo, e sua consistência deve ser medida apenas com o passar do tempo, e não imediatamente.

#2 – O curto e o médio prazos devem ter um espaço na composição da carteira

Dizer que a carteira deve ser montada para o longo prazo não significa dizer que ela não deve ter um pedaço destinado ao curto prazo. Ao planejar a carteira para os próximos 5, 10, 15, 20, 30 anos, é preciso considerar que custos grandes de curto e médio prazo existem. Sempre haverá despesas inesperadas (reformas para manutenção de casa, por exemplo, em razão de um vazamento inesperado)  ou até planejadas (como a compra de um automóvel novo) que demandarão o uso de parte dos recursos investidos.

Por essa razão, separe sempre uma porção das economias em aplicações de curto prazo, como CDB, fundos DI e poupança. Esse dinheiro deverá ser utilizado para situações de médio e curto prazo. O quanto aplicar? No mínimo, 6 meses de salário – para garantir fôlego em caso de desemprego. Outra possibilidade é definir um percentual fixo que deverá se destinar a investimentos de curto prazo. Por exemplo, você pode definir que irá investir 25% de todas as economias em aplicações de curto prazo.

Pessoalmente, prefiro a ideia de aplicar um múltiplo de sua renda mensal. É que, com o tempo, o acúmulo do dinheiro será tão importante que um volume enorme de recursos será destinado ao curto prazo, sem necessidade, se você definir investir apenas percentual do patrimônio para o curto prazo. Por exemplo, digamos que alguém venha a acumular R$ 1.500.000,00 e definiu que 25% dos recursos se destinam a despesas de curto prazo – o equivalente a R$ 375.000,00. É uma quantia muito alta, sem necessidade alguma!

Por outro lado, o investidor que está começando a acumular capital pode ter necessidade de retirar dinheiro logo para uma despesa emergencial. Alguém que disponha de R$ 20 mil  em economias está sujeito a muito mais ricos que alguém que já disponha de, digamos, R$ 1.500.000,00. Faz sentido, então, que ele tenha os R$ 20 mil em aplicações de curto prazo. Ao longo do tempo, a acumulação de capital deve passar a se destinar a investimentos de prazo mais longo.

#3 – A volatilidade é sua amiga

O conceito de volatilidade é muito mal compreendido. As pessoas o confundem com risco e, por isso, evitam aplicar seu dinheiro em investimentos que apresentem volatilidade. É por isso que o mercado de ações é muito mal visto no país; como é um mercado volátil, as pessoas ficam têm medo de “perder tudo” de uma hora pra outra.

Mas é justamente por ser volátil que o mercado de ações pode trazer excelente rentabilidade ao longo do tempo. Os momentos de crise são excelentes oportunidades para investir nesse mercado, já que eles possibilitam a compra de ações a preços muito mais baratos que o seu valor real.

Por essa razão, uma carteira bem sucedida no longo prazo possui ativos com volatilidade e que tendem a elevar seu valor no longo prazo – justamente o caso das ações.

#4 – Alocação de ativos é essencial para diminuir a volatilidade da carteira

Com a correta alocação de recursos, sua carteira de investimentos será praticamente infalível! Muitos investidores temem o mercado de ações por conta da volatilidade. Mas os efeitos dela podem ser muito diluídos com uma carteira equilibrada, que tenha tanto ativos de renda fixa quanto de renda variável. Uma carteira equilibrada com uma metodologia de alocação de ativos permite obter o melhor dos dois mundos: a rentabilidade que só o mercado de ações pode proporcionar com a tranquilidade da renda fixa.

Como isso ocorre? Um dos princípios de alocação de ativos é o de que você deve buscar manter uma proporção pré-fixada entre investimentos de renda fixa e de renda variável. Por exemplo, você pode definir que manterá 25% de seus investimentos em ações e 75% em renda fixa. Se, dali a um ano, houver uma crise no mercado de ações, o valor delas cairá e a proporção correspondente às ações diminuirá, aumentando, evidentemente, a proporção de ativos em renda fixa. Com isso, para voltar à alocação inicial de 25-75%, o investidor terá que comprar mais ações – justamente no momento em que elas estarão mais baratas. Caso o contrário ocorra, o investidor poderia vender suas ações (quando elas estariam caras) e comprar mais títulos de renda fixa.

Fonte: http://www.opequenoinvestidor.com.br/2014/10/cinco-caractersticas-uma-carteira-investimentos-imbativel-volatilidade/

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